Administração de Busato tem muito a mostrar. E não só neste ano de eleições

Prefeito Busato  (centro) visita mãe do primeiro bebê nascido em Canoas em 2020, na pública Clínica da Família
(Foto: Pablo Reis/Ascom/PMC)

Nas eleições de 2020 em Canoas, terceiro maior município gaúcho em população e o segundo em PIB, haverá um debate em torno do que fora feito pela prefeitura na administração de 2009 a 2016, e o que está sendo feito na atual administração, empossada em 2017. O grupo - de esquerda - que estava na administração anterior a esta - mais calibrada para o centro do espectro político - quer mostrar que o antigo era bom. E o atual modelo, ruim. Pois bem. Para o debate ser interessante, é preciso situar as duas administrações no tempo e no momento político do Brasil. Afinal de contas, o grosso do dinheiro e do direcionamento das políticas para gastá-lo vêm de Brasília. 
Na administração anterior - tida e havida como alinhadíssima aos governos de Lula e Dilma lá, e Tarso, aqui - havia dinheiro federal vindo com facilidade. Em alguns casos, o dinheiro vinha antes do projeto. Também o mundo estava diferente. Havia uma "fome chinesa" para todas as commodities que o Brasil produz, especialmente ferro, soja e petróleo (que bateu na casa dos 150 dólares. Hoje anda pelos US$ 70).

Depois dessa tentativa, humilde, de situar o debate político na cidade que abriga uma refinaria de petróleo, um porto e uma base aérea, além de ser cortada por três rodovias federais, a coisa vai ficando mais interessante. Há uma tentativa, há mais de um ano sendo colocada em prática, de tentar pautar a saúde pública como grande problema em Canoas.

Não é.

A saúde pública é um problema em todo o mundo. Em alguns países menos, em outros, como no Brasil, mais. Saúde pública é um poço sem fundo, um saco infinito, um buraco negro que consome dinheiro e energia e que - infelizmente - não consegue dar o tratamento adequado a todos. Apesar do sistema ser único e universal, no caso brasileiro. 

Mesmo assim, a prefeitura de Canoas, liderada pelo arquiteto Luiz Carlos Busato, está conseguindo dar a volta por cima. Faz do azedo limão, uma limonada. A figura da acidez do limão é atribuída à decisão do prefeito da gestão 2009-2016 de "abraçar" o mundo para fazer de Canoas referência de diversas especialidades médicas. O "mundo" são 156 municípios, longe e perto de Canoas, que têm seus pacientes tratados na cidade do avião. 

A decisão - e não fica aqui nenhuma pretensão de julgamento - foi embalada pelo momento brasileiro. Os anos de 2010, 2011 e 2012 foram de euforia geral com a entrada dos dólares do petróleo, do minério de ferro e da soja. O Brasil estava a mil. Era o país dos Jogos Olímpicos e da Copa do Mundo. Todo mundo via o Brasil com jeito diferente. E o dinheiro chegava a rodo. Eram projetos muito entusiasmados, como o tal trem-bala que uniria São Paulo ao Rio de Janeiro que nunca saiu do papel (há quem diga que nem no papel chegou a estar).

O entusiasmo federal era replicado por estas bandas, como o projeto do aeromóvel (pesquise na internet por "atmospheric train" e verá que o projeto não deu certo em lugar nenhum). A implantação do aeromóvel está dando pano pra manga, debate jurídico e pode dar um grande prejuízo para os cofres do município. 

Uma alternativa para o aeromóvel seria o veículo leve sobre trilhos (VLT), sucesso no Rio de Janeiro e em diversas grandes cidades da Europa. 

Apesar da tentativa de pautar o debate pré-eleitoral pela saúde, a oposição não consegue firmar o passo ao falar mal da atual administração.

Busato tem grandes conquistas para mostrar à população. O esforço para melhorar a gestão da saúde pública, que é como trocar a turbina de um avião voando, tem sido o cotidiano de muita gente da prefeitura. E não apenas da Secretaria da Saúde, que tem à frente um ferrenho defensor do SUS, o secretário Fernando Ritter. Melhorias no Hospital de Pronto Socorro, no Hospital Universitário e em diversas unidades de saúde estão sendo finalizadas e algumas já são realidade, como a Clínica da Mulher e a Clínica da Família. 

A prefeitura tem indicadores prá lá de positivos no enfrentamento da violência urbana. Conseguiu reduzir pela metade os crimes contra a vida. Cortou radicalmente os roubos e furtos de veículos e consegue dar uma sensação de segurança bastante intensa a partir dos investimentos na compra de viaturas, equipamentos e armas para a Brigada Militar, Polícia Civil e Guarda Municipal, que, aliás, tem tido um tratamento muito importante de valorização.

Apesar de saúde, segurança e a infraestrutura da cidade estarem bem administradas, há um setor em que Canoas está se diferenciando.

É a atração de novos empreendimentos na área de serviços e tecnologia que vão fazer o diferencial para Canoas. A lei da liberdade econômica, um conjunto de medidas que melhoram o ambiente de negócios em Canoas foi aprovada neste ano que passou. E já dá resultados. Há uma melhora na diminuição do tempo para abertura de empresas e concessões de alvarás, além de diversas facilidades para o empreendedor que quer abrir negócios em Canoas ou mesmo fortalecer e consolidar os que já estão na cidade. 

A cidade mais segura e com mais facilidade para empreender. Estes dois aspectos, silenciosos, já estão fazendo a cidade ser vista de outra maneira pelos empresários e quem tem a decisão de direcionar investimentos. Canoas é uma grande cidade, com várias possibilidades logísticas e com um parque industrial invejável. Com mais segurança e melhor ambiente de negócios, a cidade vai longe. 

E estas duas conquistas são do atual prefeito, Luiz Carlos Busato.






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