Almoço e reminiscências com um amigo de infância

Isaac e eu

Encontrei-me esta semana com meu único amigo de infância, o Isaac. Quis o destino que nossos pais fossem amigos, colegas de Marinha e que tivessem seus primeiros filhos com a diferença de poucos dias na mesma maternidade, em Rio Grande, no pezinho do Brasil. Como filhos de pais marinheiros, éramos levados de lá pra cá acompanhando as transferências militares. Pois bem. Até os doze, treze anos, éramos bem próximos, até que os pais do Isaac foram morar no Ceará. E nós ficamos no Rio Grande do Sul. O Isaac seguiu a carreira militar, hoje é tenente-coronel do Exército e trabalha em Brasília. Eu segui o jornalismo, hoje trabalho em Canoas, na Câmara de Vereadores, com o vereador Sargento Santana.
A conversa entre nós foi em Porto Alegre, acompanhada por um gostoso churrasco. Foi bom recordarmos a infância em Rio Grande. Brincávamos de barcos de lata nas pedras dos molhes, olhando os navios enormes e imaginando como seria termos o nosso próprio navio.
Hoje o Isaac é um cara importante dentro do Exército. Já participou de diversas missões da Organização das Nações Unidas (Onu). É um "capacete azul", com missões cumpridas no Timor Leste e no Haiti. É um oficial que faz intercâmbio com exércitos de outras nações amigas das três Américas e está sempre bastante atualizado.
Sou um cara complicado para amizades. Faço algumas, perco várias com facilidade. Com os poucos amigos, tenho buscado melhorar, fazendo o possível para manter os laços mais antigos.

Eu e Isaac, em 1977

* * * E para não deixar de falar em política

O PT busca, desesperadamente, uma narrativa como desculpa para sua derrota nas urnas. Não se trata apenas na derrota na corrida presidencial, mas também a derrota nas assembleia estaduais e distrital, na Câmara Federal e também no Senado. O PT diminuiu sua votação geral, incluindo seus puxadinhos ideológicos PCdoB, PSB, PSOL e Rede. Na eleição presidencial, o Partido dos Trabalhadores não conseguiu iludir os eleitores brasileiros com o papo de "reconstrução", "povo feliz de novo" e outras bobaginhas. O PT perdeu na opinião e no confronto das ideias com os eleitores de Jair Bolsonaro.
Agora, faltando poucos dias da eleição do segundo turno - quando todas as pesquisas dão ampla margem de vantagem ao ex-capitão do Exército -, o PT vem com fábula de que vai perder para as notícias falsa divulgadas pelo aplicativo Whatsapp. Ora, seria a mesma coisa que culpar o telefone pela disseminação de fofocas. E, como todos nós sabemos (e esta campanha evidencia ainda mais) que 97,5 dos jornalistas são militantes de esquerda no Brasil, a notícia falsa da Folha de São Paulo foi repercutida por diversos meios de comunicação. O PT retumba a tese furada de que vai perder por causa do Whatsapp. Pode?
O candidato da direita levou uma facada, uma tentativa de homicídio por um militante de esquerda, filiado durante sete anos ao PSOL. A vítima ficou internada 23 dias, ainda sem a capacidade de fazer cocô reestabelecida. E a imprensa não faz movimentos para cobrar das autoridades quem estaria por trás do atentado político. No entanto, para saber quem diz o quê no Whatsapp, um aplicativo de mensagem interpessoal, movimentam-se mundo e fundos. Chega, né? O PT foi pródigo em financiar blogs sujos com dinheiro da Petrobrás, Banco do Brasil e outras estatais nos governos de Dilma Rousseff. Não apenas blogs, mas todo o tipo de ferramenta on line que pudesse repercutir as mentiras de um governo corrupto.
Agora querem posar de vítimas. O PT perdeu seu último bastião de resistência, que era o mundo virtual.
Agora querem a briga de rua.
Molhes da Barra, em Rio Grande 

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