Votei no Jair Bolsonaro no primeiro turno. Tenho convicção
de que é a melhor opção para o Brasil hoje. Gostei do resultado, apesar de
esperar que ele pudesse levar a Presidência já no primeiro turno. Não deu, mas
faltou pouco. A seguinte análise passa pela consolidação da democracia no
Brasil. O processo democrático foi mostrado no domingo de 7 de outubro.
Problemas nas urnas foram registrados aqui ou acolá, mas não se configuraram
como nenhum tipo de conspiração do mal para evitar os votos neste ou naquele
candidato.
Pouca gente foi presa. Não houve registro de gente impedida
de votar. Pode ter havido algum caso em algum distante rincão. Mas nada que
pudesse arranhar o processo de votação. A votação transcorreu normalmente,
dentro da normalidade brasileira, com a página do Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) na internet fora do ar nos momentos em que as pessoas mais queriam ver os
resultados.
E os resultados mostraram que boa parte do eleitorado
brasileiro buscou candidaturas identificadas com a direita. Uma nova direita
democrática que emergiu do fracasso administrativo, político e moral do Partido
dos Trabalhadores e dos demais partidos alinhados com a esquerda no Brasil.
Resultados como os de Minas Gerais, onde o atual governador, Fernando Pimentel,
ficou fora do primeiro turno. Além, é claro, da estrondosa derrota da
presidente impedida Dilma Rousseff, que concorria a uma vaga no Senado e ficou
em longínquo quarto lugar.
Também no Rio Grande do Sul, onde o PT ficou fora do segundo
turno, reduziu sua bancada na Assembleia Legislativa e não apresentou nenhum
nome novo como renovação de seus quadros. Derrota do PT no Rio de Janeiro, onde
o partido era aliado de primeira hora da quadrilha chefiada pelo ex-governador
Sérgio Cabral, hoje preso com condenações múltiplas por corrupção.
O PT e a esquerda encontraram porto seguro apenas nos
estados do Nordeste Brasileiro. Naquela sofrida região, o partido e seus
puxadinhos do mesmo campo ideológico se mantém no poder graças a uma prática
tão combatida pelos próprios petistas em outras épocas: o assistencialismo
pesado e a manutenção de currais eleitorais.
Campeões de votos para as assembleias legislativas estaduais
estão no campo da direita. Especialmente, no campo identificado com o candidato
Jair Bolsonaro. O partido que o acolheu, há menos de um ano para que
concorresse às eleições, saltou de um para 51 deputados federais. A jurista
Janaína Paschoal, a defensora do impeachment de Dilma, foi a deputada mais
votada da história. No Rio Grande do Sul, um tenente-coronel do Exército de 44 anos,
filiado ao PSL, tornou-se o deputado estadual mais votado destas eleições, o
que garantiu uma bancada de quatro parlamentares.
No Rio Grande do Sul, o deputado federal mais votado é um
jovem filiado ao partido novo. Marcel Van Hatten, cravou mais de 300 mil votos.
Com mínimo espaço na televisão, com nenhum dinheiro de fundo partidário e com
um discurso de direita e estado mínimo, papou a eleição. Van Hatten era do
Partido Progressistas, pelo qual havia sido eleito suplente em 2014. Assumiu a
cadeira na Assembleia por dois anos e meio. Fez a diferença no período. Filho
de pai holandês, tem fluência na língua paterna e no inglês, inclusive dando
palestras em várias universidades brasileiras.
Pois, bem.
Os exemplos de candidatos da direita eleitos com votações
esmagadoras são registrados em vários estados brasileiros.
Qual o motivo disso acontecer? O fracassso do PT como
partido hegemônico na política brasileira desde a eleição de Lula (preso por
corrução) em 2002. O descalabro administrativo, o incentivo de políticas
públicas descoladas da realidade e dos costumes brasileiros, o maior conjunto
de roubo de dinheiro público da história mundial e a tentativa de controle socialista
da pátria brasileira terminaram por deixar a população propensa a votar em
outra alternativa.
Jair Bolsonaro mostrou ser a alternativa. Com o discurso de
direita, de retorno a valores tradicionais da sociedade, da desconstrução do conjunto
da narrativa esquerdista e com a linguagem do povo, Bolsonaro quase levou a
eleição no primeiro turno.
Para um determinado estamento da sociedade, o discurso e a
narrativa de que Jair Bolsonaro é fascista só fizeram o brasileiro comum ter
ainda mais simpatia pelo ex-capitão do Exército.
É isso. Volto a escrever sobre política um pouco antes da
votação do segundo turno.
Um abraço e obrigado por ler até aqui.
Grande Miguelito... um cara sempre sensato e inteligente... juro que até hoje não entendi a simpatia que tu tinhas pelo PT, mas ainda bem que as pessoas acordam.
ResponderExcluirRapaz, eu fui um militante filiado e tudo. Desde 1989. So que a paixão foi diminuindo, diminuindo... Ate virar uma grande desilusão
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