Porto do Açu, no Rio de Janeiro. Projeto de Eike Batista que transformou em realidade o sonho de mais um porto oceânico no Rio de Janeiro (Foto: O Globo) |
Com a reforma da previdência saindo do papel, de preferência
ainda neste ano, o Brasil estará ainda mais pronto para receber investimentos
internacionais voltados à produção aqui no país. A diminuição do
comprometimento do orçamento da União com as despesas de seguridade social vai
dar mais confiança ao investidor externo a aportar recursos no Brasil. Ao mesmo
tempo, o pacote anticrime, o texto que é resultado do trabalho do Ministro da
Justiça, Sérgio Moro, que deverá ser encaminhado nas próximas semanas ao
Congresso Nacional, vai dar mais segurança jurídica para quem quiser investir
no Brasil.
Diferentes investidores internacionais querem colocar
dinheiro no Brasil. Desde o mais interessados no curto prazo, que trazem
dinheiro especulativo, até mesmo os grandes grupos que já estão produzindo aqui
e querem ampliar seus investimentos. O Brasil poderá, se fizer as coisas
certas, recuperar o Grau de Investimento, selo de qualidade que atesta que o
país é um bom lugar para receber investimentos de todos os lugares.
O Brasil é um mercado de 200 milhões de pessoas e é um
excelente celeiro de alimentos para todo mundo. O país é um dos maiores
produtores de praticamente todos os alimentos importantes para o ser humano.
Somos maiores em soja, em arroz, em carne de gado, em carne de porco e aves. O
Brasil produz e exporta alimentos. Muito.
Apesar das qualidades que o gigante Brasil apresenta para a
produção, o país é um nanico quando o assunto é escoamento da produção. Não
temos trens, portos e rodovias suficientes para sermos competitivos no conjunto
das nações. Perdemos muito da riqueza que poderia ser gerada com o que fica no
caminho. Ou até mesmo com o produto que não sai do campo.
Os dois pacotes do Presidente Jair Bolsonaro vão fazer um
novo Brasil, com certeza. No entanto, é preciso que o país pense – e aja – com seriedade
para abrir mais estradas e mais rodovias.
No Rio Grande do Sul, por exemplo, há apenas um porto. Mesmo
sendo o estado o quarto em tamanho de litoral. Temos uma linha de litoral
banhada pelo Oceano Atlântico que só perde para Bahia, Pará e Maranhão. Temos
mais litoral que São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo. E não temos um porto
oceânico. Há apenas o de Rio Grande, que é interior. Para acessá-lo, grandes
navios dependem de como está o calado, que muda de vez em quando.
O Rio Grande do Sul, seus governantes e empresários,
precisam pensar na construção de um porto oceânico, mais perto da capital Porto
Alegre, talvez entre os municípios de Cidreira e Tramandaí. Uma construção que
avance um ou dois quilômetros sobre o mar em direção leste. Desta forma, estaríamos
mais competitivos e prontos para escoar melhor nossa produção.
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