Ônibus autônomo EasyMille, rodando nas ruas de Helsinque, na Finlândia |
Na semana que antecede o Natal de 2019, a capital e a terceira maior cidade do Rio Grande do Sul presenciaram cenas patéticas em suas Câmaras de Vereadores. Em Porto Alegre, cobradores de ônibus protestaram contra um projeto da prefeitura da Capital que desobrigaria as empresas de ônibus de terem cobradores em determinadas linhas e horários. Em Canoas, motoristas e cobradores lotaram as galerias do Legislativo Municipal pedindo que a prefeitura NÃO fizesse uma nova licitação de ônibus. Em Canoas, os trabalhadores estavam a favor da prefeitura, que propôs a prorrogação da concessão com a empresa de ônibus por mais dez anos. O projeto passou, mas, depois de negociações, o prazo caiu de dez para quatro anos.
Na Capital gaúcha e em Canoas, o que cobradores e motoristas pediam é o uma espécie de prolongamento de suas profissões. Invariavelmente, cobradores e motoristas são ofícios em extinção. A tecnologia - ah, essa danada - está tratando de eliminá-las. Ainda, pouco a pouco. Mas, logo ali adiante, a extinção será fulminante.
Na Capital gaúcha e em Canoas, o que cobradores e motoristas pediam é o uma espécie de prolongamento de suas profissões. Invariavelmente, cobradores e motoristas são ofícios em extinção. A tecnologia - ah, essa danada - está tratando de eliminá-las. Ainda, pouco a pouco. Mas, logo ali adiante, a extinção será fulminante.
Tanto em Porto Alegre quanto em Canoas, as discussões sobre a manutenção de empregos no sistema de transporte rodoviário urbano de passageiros são totalmente patéticas. Primeiro, porque se tratam de profissões fadadas à extinção; segundo, porque o poder público não pode ficar fazendo esforços para manter esta ou aquela profissão.
Profissões surgem ou acabam de acordo com as necessidades da sociedade, do mercado. Não adianta insistir em uma coisa que está acabando. As novidades tecnológicas estão surgindo em um ritmo avassalador. E elas vêm para melhorar a vida de todos. Alguém já parou para pensar sobre o celular? Nas maravilhas que um celular com internet pode fazer na vida de todos? Pois é. Um celular com internet está disponível a partir de R$ 30,00 para qualquer um. A pessoa fala, fotografa, navega em redes sociais, faz inscrição para cursos, consultas médicas, pede um carro pelo aplicativo.
A tecnologia destrói, mas também cria diversas outras profissões.
As profissões de motorista e cobrador de ônibus de linhas urbanas, por exemplo. São profissões que vão desaparecer. Cada vez mais a tecnologia de ônibus autônomos, sem motorista e muito menos cobrador, está se aperfeiçoando. Os cobradores já são dispensáveis, com ônibus com câmbio automático que auxiliam os motoristas na cobrança das poucas passagens ainda pagas em dinheiro. Quase a totalidade dos passageiros paga seu bilhete com algum tipo de cartão. E já há tecnologia para que a passagem seja paga apenas com a aproximação do celular.
Nas linhas urbanas, o motorista está prestes a ter sua profissão inscrita na lista da extinção. Já há tecnologia muito sofisticada para colocar ônibus autônomos pelas ruas. E mesmo pelas ruas esburacadas e com trânsito bagunçado do Brasil.
Há dois anos, o Brasil era considerado um país "impossível" para carros ou ônibus autônomos. A melhoria das tecnologias de detecção de obstáculos, de câmeras e da rede 5G vão fazer a indústria de veículos autônomos dar um salto, capaz de deixar ônibus e carros sem motoristas tão espertos, tão sensíveis e ágeis, que os índices de acidentes poderão ser menores do que naqueles onde há motoristas manejando o volante.
Tentar, mesmo que remotamente, prever qualquer coisa no futuro sempre é algo perigoso. No entanto, quem imaginaria o Uber, o 99, o Garupa ou o Cabify há seis ou sete anos? Quem imaginaria a popularização das chamadas de vídeo do whatsapp?
Pois bem. Há empresas, como a Volvo, a ViaMobile e a Volvo, investingo pesadamente na tecnologia de ônibus autônomos. Modelos menores, voltados para linhas regulares dentro da cidade, são a aposta das empresas. Todos sabem que o volume de passageiros vai diminuir, pois há cada vez mais gente trabalhando em casa, andando de moto, de carro, patinete, bicicleta ou mesmo a pé. Os ônibus a cada ano vão ter menos passageiros. Por isso os coletivos autônomos serão diferentes, elétricos, feitos com materiais compostos de plástico e fibras, além de serem menores, com capacidades entre 25 a 30 pessoas.
Silenciosos e altamente tecnológicos, serão capazes de reconhecer pessoas nas paradas e até parar quando algum humano gesticular em sua direção.
O futuro, talvez nem tão distante assim, será dos veículos autônomos.
As profissões de cobrador e motorista, infelizmente, vão fazer parte da história. Datilógrafos, estenógrafos, telegrafistas e tipógrafos já tiveram suas profissões extintas. E ninguém morreu por isso.
Ônibus autônomo da sueca Volvo roda nas ruas de Cingapura há dois anos em fase de testes |
Profissões surgem ou acabam de acordo com as necessidades da sociedade, do mercado. Não adianta insistir em uma coisa que está acabando. As novidades tecnológicas estão surgindo em um ritmo avassalador. E elas vêm para melhorar a vida de todos. Alguém já parou para pensar sobre o celular? Nas maravilhas que um celular com internet pode fazer na vida de todos? Pois é. Um celular com internet está disponível a partir de R$ 30,00 para qualquer um. A pessoa fala, fotografa, navega em redes sociais, faz inscrição para cursos, consultas médicas, pede um carro pelo aplicativo.
A tecnologia destrói, mas também cria diversas outras profissões.
Ônibus autônomo da Mercedes-Benz |
Nas linhas urbanas, o motorista está prestes a ter sua profissão inscrita na lista da extinção. Já há tecnologia muito sofisticada para colocar ônibus autônomos pelas ruas. E mesmo pelas ruas esburacadas e com trânsito bagunçado do Brasil.
Há dois anos, o Brasil era considerado um país "impossível" para carros ou ônibus autônomos. A melhoria das tecnologias de detecção de obstáculos, de câmeras e da rede 5G vão fazer a indústria de veículos autônomos dar um salto, capaz de deixar ônibus e carros sem motoristas tão espertos, tão sensíveis e ágeis, que os índices de acidentes poderão ser menores do que naqueles onde há motoristas manejando o volante.
Tentar, mesmo que remotamente, prever qualquer coisa no futuro sempre é algo perigoso. No entanto, quem imaginaria o Uber, o 99, o Garupa ou o Cabify há seis ou sete anos? Quem imaginaria a popularização das chamadas de vídeo do whatsapp?
Pois bem. Há empresas, como a Volvo, a ViaMobile e a Volvo, investingo pesadamente na tecnologia de ônibus autônomos. Modelos menores, voltados para linhas regulares dentro da cidade, são a aposta das empresas. Todos sabem que o volume de passageiros vai diminuir, pois há cada vez mais gente trabalhando em casa, andando de moto, de carro, patinete, bicicleta ou mesmo a pé. Os ônibus a cada ano vão ter menos passageiros. Por isso os coletivos autônomos serão diferentes, elétricos, feitos com materiais compostos de plástico e fibras, além de serem menores, com capacidades entre 25 a 30 pessoas.
Silenciosos e altamente tecnológicos, serão capazes de reconhecer pessoas nas paradas e até parar quando algum humano gesticular em sua direção.
O futuro, talvez nem tão distante assim, será dos veículos autônomos.
As profissões de cobrador e motorista, infelizmente, vão fazer parte da história. Datilógrafos, estenógrafos, telegrafistas e tipógrafos já tiveram suas profissões extintas. E ninguém morreu por isso.
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