Nelson Proença (Foto: Arquivo/Palácio Piratini) |
"É preciso fazer um balanço entre os que radicais da quarentena e aqueles que não querem a quarentena. Com a economia parada do jeito que está não tem como ficar. Continuando assim, vai ser o fim da economia como a gente conhece no mundo", diz Nelson Proença, ex-deputado federal, ex-secretário de Estado do Desenvolvimento no Rio Grande do Sul. Um dos negociadores para a vinda de empresas como a Dell, a GM e a Ford para o Rio Grande do Sul na década de 1990. Retirado da política desde que terminou seu quinto mandato em 2010, Proença mantém o faro do político e do homem de negócios. Está sempre conectado. Agora está às voltas com grupos unindo empresários, epidemiologistas, economistas e outros tentando ajudar na produção de respiradores mecânicos para unidades de terapia intensiva. "Estamos a caminho de um equipamento que sirva a mais de um paciente ao mesmo tempo".
Para Proença, a quarentena radical, do jeito como está agora, pode ajudar a retardar, a atrasar a chegada de mais doentes aos leitos de uti, dando um tempo para que a indústria possa fazer respiradores e os laboratórios possam achar um remédio que cure os infectados. Ao mesmo tempo, segundo ele, a quarentena sem data para acabar pode terminar com a economia não apenas de um país, mas de boa parte do mundo.
Otimista com a formulação de um medicamento para curar os enfermos de Covid19, Proença acredita que o Presidente da República Jair Bolsonaro perdeu o tempo de liderar a nação, quando não chamou para si - já nos primeiros momentos - a responsabilidade de organizar as forças da nação.
Proença envia áudios para os amigos bolsonaristas. Neles, diz que o Presidente perdeu o tempo em não ter se dirigido à nação como um grande articulador. "Até agora, ninguém viu Bolsonaro se dirigir ao país com uma palavra de conforto, de incentivo e de consolo para a população", diz. "Não enviou uma palavra para os médicos, enfermeiros, profissionais de saúde como um todo que estão na linha de frente, que estão enfrentando o problema na ponta".
Para Proença, o Presidente errou barbaramente ao perder este tempo.
Mesmo com as notícias ruins chegando a todo momento de várias partes do mundo, Proença está otimista. Ele acredita que a droga que vem sendo testada massivamente nos Estados Unidos, a hidroxicloroquina, possa ser a solução para diminuir o tempo em que os pacientes fiquem na dependência de um respirador. "Estão falando hoje em 12 dias, é o que o paciente ficaria hoje precisando de um respirador", diz. "Com o novo remédio, esse tempo pode diminuir para quatro ou cinco dias de respirador". O que já daria um tremendo alívio para um sistema de saúde que não tem como atender a todos os infectados por tanto tempo.
* * * *
De qualquer forma, sobre a quarentena, ela ainda é o melhor jeito para conter o avanço do vírus. Com o passar dos dias, espera-se um afrouxamento, inclusive com mais informações sobre o comportamento do vírus e das pessoas que irão tendo a cura.
Para Proença, o Presidente errou barbaramente ao perder este tempo.
Mesmo com as notícias ruins chegando a todo momento de várias partes do mundo, Proença está otimista. Ele acredita que a droga que vem sendo testada massivamente nos Estados Unidos, a hidroxicloroquina, possa ser a solução para diminuir o tempo em que os pacientes fiquem na dependência de um respirador. "Estão falando hoje em 12 dias, é o que o paciente ficaria hoje precisando de um respirador", diz. "Com o novo remédio, esse tempo pode diminuir para quatro ou cinco dias de respirador". O que já daria um tremendo alívio para um sistema de saúde que não tem como atender a todos os infectados por tanto tempo.
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De qualquer forma, sobre a quarentena, ela ainda é o melhor jeito para conter o avanço do vírus. Com o passar dos dias, espera-se um afrouxamento, inclusive com mais informações sobre o comportamento do vírus e das pessoas que irão tendo a cura.
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