Discussão do momento na capital do Rio Grande do Sul é a provável criação de um pedágio para os carros que acessam o centro da cidade. O prefeito Nelson Marchezan Júnior quer taxar os carros que chegam até o Centro Histórico, onde há diversos prédios administrativos da União, do Estado e do Município, além de sedes de empresas privadas, clínicas médicas, consultórios, laboratórios, centros de compras, tribunais, congregações religiosas e importantes sedes das Forças Armadas.
O Centro
Histórico de Porto Alegre é um destino e tanto na Região Metropolitana,
inclusive com as atrações turísticas mais interessantes da cidade, como a
Catedral, a Igreja das Dores, as opções da Orla do Guaíba e o Parque da
Harmonia.
Agora, numa
surtada de populismo prá lá de barato, o prefeito quer taxar os carros que
entram no centro pra subsidiar o transporte coletivo, feito de ônibus. Ou seja,
com a justificativa de querer diminuir o volume de carros particulares no
centro, vai colocar mais gente dentro dos ônibus.
Ora, discussões
sobre os pedágios urbanos existem em diversas capitais europeias. Um debate que
já existem há mais de trinta anos, que tomou corpo a partir da virada do ano
2000. Na Europa, faz todo sentido falar em diminuir o número de carros na área
urbana central. Na Europa. No Brasil, não. Na Europa faz todo sentido porque há
meios de transporte público que não disputam o mesmo espaço no asfalto. São os
serviços de metrô que serem a maior parte das capitais europeias. São modais
que não disputam o mesmo chão que ônibus, carros, caminhões e bicicletas. O
metrô passa por baixo, é mais ecológico porque é elétrico e não é suscetível a
engarrafamentos, obstruções de via, passagens de pedestres entre outros
problemas enfrentados pelos meios de transporte que vão ao nível do chão.
O pedágio no centro
de Porto Alegre só vai empobrecer ainda mais o já esculhambado bairro da
capital. Com o pedágio, muita gente vai deixar de ir ao centro. Vai trabalhar
de casa, arranjar um outro emprego ou, simplesmente, vai para outra cidade.
Com o pedágio,
o centro vai ficar ainda mais pobre.
Aliás, o atual
prefeito nunca mexeu uma caneta em favor da ampliação da malha metroviária em
Porto Alegre.
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