Arábia Saudita acelera processo de melhoria de imagem

Neymar desembarca em Riad para jogar no futebol saudita

A Arábia Saudita é um país muito fechado. Não gosta de receber turistas, não trata bem as mulheres, não tem debate político e as dissidências políticas e simples críticas ao governo são punidas com prisões e até morte por decapitação.

O país, ou melhor, a família real saudita sabe que precisa melhorar sua imagem. Afinal de contas, a imensa riqueza que jorra todo ano nas contas governamentais é usada para investir em outros países. Aí que está o ponto. Para continuarem sendo parceiros dos sauditas, muitos países que recebem o dinheiro árabe já pedem mais transparência e mais tolerância no país de origem da riqueza. Ou seja, as nações que são escolhidas para o investimento saudita já estão pressionadas por suas populações a ver a limpeza no dinheiro. Querem que o investimento venha de uma nação onde não sejam praticados abusos contra os direitos humanos. 

Para ajudar a melhorar a sua imagem, a Arábia Saudita está investindo bilhões de dólares atraindo astros do esporte. Futebol e golfe, mais especificamente. Com contratos com muitos dígitos e regalias, os atletas precisam publicar em suas redes sociais as maravilhas da península arábica. Uma tentativa de dar um trato na percepção que o mundo tem da vida na Arábia Saudita. 

Ao mesmo tempo, o investimento no esporte ajuda a tirar do governo saudita uma pressão vinda das camadas mais jovens de sua população. Enquanto tiverem acesso - em seu país - ao que mais popular o mundo dos esportes já produziu, a juventude vai ficar ocupada. E não vai incomodar o governo. 


Joe Biden e os grevistas


Muita gente ainda sem entender muito o que o presidente norte-americano foi fazer junto aos grevistas da indústria automobilística lá nos Estados Unidos. Joe Biden foi até um piquete no Michigan e disse que os trabalhadores precisavam ganhar mais. Ressaltou que a indústria automobilística teve grande parte de sua salvação em 2008 - na crise mais grave do setor - creditada ao empenho dos trabalhadores.

O gesto foi bonito, cheio de simbolismos, com o presidente indo ao encontro dos grevistas. No entanto, diversos analistas políticos de lá, ouvidos pela CNN, FoxNews, NY Times e Wall Street Journal não chegaram a um conclusão sobre o resultado prático da ida de Biden até os grevistas. Os comentaristas, mesmo sem entender, dizem que o democrata dá sinais trocados à opinião pública. Norte-americanos do interior, fora dos grandes centros, não gostam de greve. Ao mesmo tempo em que Biden acena para o eleitorado dos grande centros democratas, como Whashington D.C., Nova York e toda a Califórnia. (Miguelito Medeiros, consultor de marketing, comunicação & política)

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