Sílvio Santos no horário gratuito eleitoral
Foi quase. Em 1989, na primeira eleição à Presidência da República no novo regime democrático brasileiro, quase que o comunicador e empresário Sílvio Santos virou candidato ao cargo de presidente. Ele tinha uma ótima fatia de 30% das intenções de voto, com alguns institutos de pesquisa da época chegando a dar 36% de eleitores dispostos a votarem nele.
Sílvio Santos candidatou-se pelo Partido Municipalista Brasileiro (PMB). Fez campanha, fez vídeos para o horário eleitoral gratuito, mas não conseguiu levar adiante a sua candidatura. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) impugnou a vontade do cidadão Senor Abravanel de disputar a cadeira mais poderosa da República.
O TSE alegou que o pequeno PMB não teria cumprido o rito de ter feito convenções estaduais em, pelo menos, um terço das unidades da federação. Segundo o TSE da época, o PMB teria que ter realizado convenções em nove estados. Não deu. A trajetória de Sílvio Santos como candidato à Presidência durou apenas dez dias. Concorreu com o número 26.
A cédula da eleição naquele ano teve 22 candidatos. Entre eles estavam Fernando Collor de Mello, que venceu a eleição em cima de Lula, do PT, no segundo turno.
Na primeira volta, estavam ainda na cédula nomes de peso da política brasileira, como Leonel Brizola, Mário Covas, Ulysses Guimarães, Ronaldo Caiado, Aureliano Chaves, Paulo Maluf e Afif Domingues, entre outros menos conhecidos.
Sílvio Santos morreu aos 93 anos de idade neste 17 de agosto, vítima de infecção pulmonar. Ele teve uma carreira exitosa de 60 anos na televisão, além de ter sido um empresário de sucesso em diversas áreas como comércio, capitalização, cosmética e telecomunicações. (Miguelito Medeiros, consultor de Marketing, Comunicação & Política)
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