(Foto: Manuel Claure/Reuters) |
Não deu para segurar. Depois de quase 14 anos no poder, de forma ininterrupta, Evo Morales, o índio aimará que virou presidente da Bolívia, renunciou no final de tarde de domingo, 10 de novembro. Aos 60 anos, Morales não segurou a barra de uma série de denúncias de fraude nas eleições que dariam a ele o quarto mandato. A denúncia mais forte foi feita pela Organização dos Estados Americanos. A OEA divulgou documento onde diferentes fraudes, desde a votação, a apuração e a divulgação dos dados, estavam comprometidos. Nos anos de Evo Morales no poder, com seu Movimento ao Socialismo, a Bolívia registrou taxas quase "chinesas" de crescimento do PIB. Com bases muito baixas, as melhoras nos índices tinham muita repercussão.
A insistência do índio em se manter no poder foi o estopim para sua renúncia.
Bolívia fez mal para o Brasil
Além de vender o gás natural a preço mais caro ao Brasil, os bolivianos também surrupiaram uma refinaria inteira da Petrobrás.
Em 2014, os contribuintes brasileiros tiveram que dividir um prejuízo de USD 434 milhões, referentes a pagamentos feitos a mais pelo gás natural boliviano comprado pelo Brasil entre 2008 e 2013. Além de ter recebido um pagamento "simbólico" pela refinaria expropriada em 2006, os brasileiros ainda pagaram pelo ágio dados ao governo boliviano pelas gestões petistas de Lula e Dilma.
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